Aqui, agora…
(...)Cartas perdidas no tempo, nunca entregues e
por mim só lidas, pensamentos, estados de espírito e alma... bem ou mal, rimar
versos, sobre os sentimentos que nos dominam em certas épocas da vida. Por muito
tempo lutei e, por forma mais ou menos árdua, soube vencer este espírito
tentador, que em horas de melancolia profunda, em momentos de entusiasmo, em
instantes de prazer, na esperança do belo e inatingível, do grande, me
atormentava tentadoramente, fascinando-me com o obscuro e resplandecente
interior das palavras imbuídas de sentimentos e, que outrora estava guardado
para mim; contudo, vejo-me aqui e agora, sucumbido por toda esta força interior
ou talvez exterior, não sei bem! E o resultado? Sim, o resultado dessa derrota,
talvez mais interior que qualquer outra coisa, é agora reunido nestas tristes e
soltas folhas donde acredito que nada irá sair!
(...)Acredito que tudo tem
um fim! Nem que seja, um fim que marca um novo início. Acredito que todo esse
isolamento irá terminar, irá chegar ao fim... um fim que pode significar um
início!
(...) Porém, o futuro é incerto e muitas vezes sinuoso, pelo que não
posso prever e, de antemão, dizer convictamente o que irá acontecer!
(...)Queria algo que no futuro me recordasse as fantasias, a melancolia
passada, os loucos devaneios e, sobretudo, a alegria vivida efusivamente na
maioria dos casos... e tudo o que constitui o maravilhoso mundo do amor, da
paixão e da entrega! Algo que me fizesse recordar momentos simples, que sei que
não iria esquecer, que me fizessem lembrar actos simples, outros levianos que
marcaram toda uma parte da minha vida, ou mesmo, que marcaram e irão marcar a
minha ...por vezes, alegre vida!
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