terça-feira, 17 de abril de 2007

Será? Dúvidas?!

Nunca Nos Separamos do
Primeiro Amor
Já o disse em
Hiroshima Mon Amour: o
que conta não é a
manifestação do
desejo, da
tentativa amorosa. O que conta
é o
inferno da história única. Nada a
substitui, nem uma segunda história.
Nem a mentira. Nada. Quanto mais a
provocamos, mais ela foge. Amar é
amar
alguém. Não há um múltiplo da
vida que
possa ser vivido. Todas
as primeiras
histórias de amor se
quebram e depois é
essa história
que transportamos para
as outras
histórias. Quando se viveu um
amor
com alguém, fica-se marcado
para
sempre e depois transporta-se essa
história de pessoa a pessoa. Nunca
nos separamos dele. Não podemos
evitar a
unicidade, a fidelidade, como
se
fôssemos, só nós, o nosso
próprio cosmo. Amar
toda a gente, como
proclamam
algumas pessoas e
os cristãos, é embuste. Essas
coisas não
passam de
mentiras. Só se
ama uma pessoa de cada vez. Nunca duas ao
mesmo tempo.
Marguerite Duras, in 'Mundo
Exterior


Como me deixa enervado! Irritado! Esse estado de demência de Duras, ou essa minha não convicção...!
Beijos... secos! Húmidos... de ardor! De calor abrasador....
Será?
Dúvidas?!

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